Diversidade no setor público: quais os benefícios da inclusão?


Gestão Pública
Diversidade no setor público: quais os benefícios da inclusão?

O que é diversidade para você? Quando falamos de diversidade no setor público, o que você entende? Essa questão pode ir além do que se espera e do senso comum.  Atualmente as causas sociais e de minorias felizmente ganharam espaço em vários espectros da sociedade, mas quando falamos de diversidade não é apenas sobre isso.

Pessoas da sigla LGBTQIA+, negros, idosos, pessoas jovens e outros vários perfis profissionais podem ajudar de maneira efetiva a tornar a gestão pública mais eficiente.

O que pode parecer moda hoje, é nada verdade um tema de grande seriedade. Afinal, a sociedade precisa se sentir representada no poder público e isso não apenas sobre leis.

É preciso uma representatividade imagética, que corresponda à face do povo. Por isso a pluralidade de pessoas e de pensamento é bem-vinda no setor público.

Ficou interessado no assunto? Faça a leitura completa do texto que temos muito mais a falar sobre isso! 

Uma gestão pensada para todos

A gente sabe que algumas alas políticas reclamam ou não concordam com pautas focadas em minorias e inclusão. Mas o que estamos falando aqui é algo acima da política. 

Ter pessoas com ideias diferentes que vêm de backgrounds diferentes pode ajudar no setor público em diversas partes. 

Imagina fazer parte de uma cidade onde a prefeitura não trabalha focada nos problemas locais ou mal conhece a sua população! Seria um desastre, não é mesmo? 

Quando você inclui a diversidade dentro da gestão, o ganho de ideias é incrível. Coisas que não seriam pensadas pela figura central de gestão podem ser idealizadas por outros membros do setor. 

Cenário atual de diversidade no setor público brasileiro

Existem alguns dados que podem dar uma noção mais exata sobre o quadro de inclusão de algumas minorias dentro da gestão pública

Mesmo com maioria dentro da população em números absolutos, quando falamos de poder público pessoas negras e mulheres ainda representam um quórum muito baixo. 

Exemplo: Pessoas negras ou pardas (pretas de pele clara) são cerca de 56% da população do Brasil e representam apenas 24,4% dos Dep. Federais e 28,9% dos Dep. Estaduais do país.

Já falando de representatividade feminina, podemos dizer que ela deve estar ainda mais aquém do esperado. 

51,8% da nossa sociedade é composta por mulheres, no entanto apenas 18%dos candidatos eleitos para o congresso em 2018 são mulheres.

Citando casos da população LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, o quadro piora bastante. Veja: 

 

  • Em 2020 apenas apenas 1,2% dos candidatos declaram possuir alguma deficiência (nas eleições de 2018, somente 2 candidatos com deficiência foram eleitos para o Congresso);
  • Nas eleições de 2018, dos 1.655 candidatos eleitos a cargos legislativos e executivos, apenas 8 eram representantes do grupo LGBTQIA+.

 

O questionamento a ser feito é: essas pessoas não querem ser eleitas para o setor público ou ocupar cargos ou simplesmente não são fomentadas a isso e têm alta taxa de rejeição? 

3 motivos para ter inclusão e diversidade no setor público

Para ressaltar a importância da diversidade em esferas públicas e onde é necessário ter representatividade, separamos 3 motivos importantes para a inclusão

01) Maior visibilidade das pautas indenitárias

Uma gestão pública eficiente busca reduzir as falhas de equidade dentro da sua esfera de atuação e as minorias indenitárias podem ser fundamentais para isso. 

São justamente esses grupos que sofrem as principais consequências de uma sociedade injusta e eles mesmos podem ajudar a solucionar problemas estando dentro da gestão.

02) Políticas plurais

Como dissemos, se um problema é a falta de equidade nas políticas públicas, pessoas que sofrem com esse problema podem ser a solução para ele.

Além disso, os grupos de minorias tendem a ser marginalizados ou não entendidos. Logo, as políticas desenvolvidas tendem a não suprir a maior parte das necessidades.

Lembrando que ações afirmativas são para os vários setores da sociedade. Por exemplo, leis que beneficiem o idoso, os deficientes físicos e etc.

03) Diálogo social mais fácil

Quando no setor público eu tenho pessoas que dialogam com as que precisam ser representadas, é mais fácil fazer uma gestão de relevância

A conversa com todas as esferas sociais é importantíssima, pois traz consistência para a forma de governo, dando-lhe mais autoridade no que faz após colher os feedbacks.

De toda forma, é uma urgência que o setor público passe a contar com mais pessoas dos diferentes contextos, seja racial, de gênero ou idade.

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